A dor cervical (cervicalgia) é uma das queixas mais comuns da população mundial e acomete entre 12% e 34% das pessoas adultas em algum momento da vida. As mulheres são mais frequentemente acometidas pelas cervicalgias do que os homens.
A cervicalgia desencadeia frequentemente limitações nas atividades de vida diária, no trabalho e nas atividades esportivas.
Pode iniciar-se de maneira abrupta, após movimentos súbitos, ou mais frequentemente, de forma lenta, após permanecer longos períodos em numa determinada posição, após um esforço físico ou acidentes.
A cervicalgia isolada se caracteriza por dor localizada na região posterior do pescoço e região superior das escápulas e sem sinais de compressão nervosa (radiculopatia).
Os músculos podem apresentar zonas de tensão aumentada, formação de nódulos palpáveis e promover a limitação do movimento da cabeça (rotação e flexo-extensão).
A origem da dor cervical pode ser decorrente da tensão muscular aumentada (esforço físico, má postura, estresse) ou após a liberação de substâncias químicas que estimulam a inflamação (pró-inflamatórias) e os receptores de dor (nociceptores) sensíveis ao menor estímulo.
As causas de dor cervical abrangem as inflamatórias, as musculares, as tendinosas, as degenerativas (osteoartrites), neurológicas, reumatológicas traumáticas (fraturas), infecciosas e tumorais
O diagnóstico das cervicalgias depende de uma avaliação clínica completa com análise da história, exame físico e exames laboratoriais e por imagem (radiografias simples, tomografia computadorizada ou por ressonância magnética).
O tratamento da cervicalgia é baseada na avaliação clínica, na análise de fatores desencadeantes da dor e também na duração do quadro clínico.
Analgésicos, antinflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica são habitualmente empregados no tratamento das cervicalgias agudas. A fisioterapia, a acupuntura, algumas técnicas de relaxamento também são empregadas de rotina no tratamento coadjuvante da dor cervical, sobretudo nos casos de evolução lenta.