O diagnóstico por imagem vem contribuir com técnicas de obtenção de imagem que permitem auxiliar no diagnóstico diferencial das causas de dor inguinal no esporte.
Podem revelar anormalidades congênitas ou adquiridas do quadril e da coluna, tais como: como a displasia do quadril, o pinçamento fêmoro-acetabular e as doenças articulares degenerativas (osteoartrites, osteonecrose). As radiografias podem também identificar a osteíte púbica, que produz tipicamente absorção óssea simétrica, esclerose e pode causar alargamento da sínfise.
Permite o diagnóstico precoce das fraturas de estresse, o que não seria possível de identificar através das radiografias simples por um período de 3 semanas a 3 meses após o início dos sintomas.
Permite o diagnóstico da osteíte púbica, fraturas de estresse, osteonecrose e patologias intrarticulares do quadril, assim como avaliar os tecidos moles. Alguns protocolos de RNM foram desenvolvidos para avaliar melhor as causas de “hérnia do esportista” e determinar a gravidade da doença.(43)
Albers e colaboradores demonstraram que a RNM pode revelar discretas anormalidades nas camadas musculofasciais da parede abdominal que correspondem aos achados cirúrgicos da “hérnia do esportista”. (4)
Zoga e colaboradores obseram que a lesão do tendão do reto abdominal foi encontrada em 2/3 dos atletas. (58) Os achados de RNM permitem ao cirurgião programar o reparo cirúrgico unilateral ou bilateral, dependendo das informações obtidas, o que diminui o risco de “explorações brancas”.
Um dos achados mais frequentes na RNM é o edema na sínfise púbica causada pelo desequilíbrio de forças e mobilidade anormal na sínfise púbica. A solicitação de RNM na fase aguda da dor pode revelar edema significativo da sínfise e ser mal interpretado como avulsão musculo-tendínea (falso-positivo).
O exame de ultrassom dinâmico é outra modalidade que permite o diagnóstico da “hérnia do esportista”. O estudo dinâmico exige um radiologista experiente e equipamento adequado, podendo detectar uma protrusão da fáscia transversalis durante a manobra de Valsalva.
Orchard e colaboradores encontraram boa correlação entre o ultrassom e os achados cirúrgicos da “hérnia do esportista”, muito embora a aplicabilidade dos resultados seja limitada devido a grande dependência do radiologista. (44)