A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial de um ou mais tecidos.
Podemos classificar a dor quanto ao mecanismo fisiológico em três grupos: nociceptiva (decorrentes de traumatismos, contusões), neuropática (doenças ou disfunções do sistema nervoso) e mista (nociceptiva e neuropática juntas).
Todos nós sentimos dor e por isso estamos vivos. A dor é um fenômeno fisiológico fundamental para a manutenção da integridade de nossos tecidos e sobretudo da nossa vida.
No esporte, a dor é um dos parâmetros limitadores do atleta. Ignorar a dor traz como consequências diretas o surgimento ou agravamento de lesões.
A tolerância à dor sempre difere entre os indivíduos, o que torna a intensidade e as limitações decorrentes da dor, extremamente variáveis. A dor capaz de impedir que um indivíduo corra normalmente pode levar outro a correr com dificuldades e outro até a parar.
Ao longo do tempo algumas ferramentas foram criadas para medir a dor a ponto de podermos compará-la entre momentos diferentes de um mesmo indivíduo ou mesmo entre indivíduos. Desta forma estudos sobre medicamentos e métodos de tratamento puderam ser comparados, o que de certo contribuiu para o avanço tecnológico do tratamento da dor aguda e crônica.
As medidas de avaliação da dor podem ser divididas em unidimensionais e multidimensionais.
As medidas de avaliação unidimensional representam escalas de identificação direta por meio de números ou imagens que representam a intensidade da dor. Dentre as escalas existentes, citamos a escala visual analógica (EVA), a escala de estimativa numérica e a escala de face de Wong-Baker para uso com crianças.
A escala numérica de 0 a 10 recebe a preferência entre profissionais da área médica e indica facilmente o nível da dor experimentado pelo paciente no momento da avaliação. Como exemplo, o nível “0” significa ausência de dor, enquanto que o nível “10” significa a pior dor sentida pelo indivíduo em toda a vida.
Outra grande vantagem da utilização da escala visual analógica é o seguimento do quadro doloroso e a avaliação periódica de melhora ou piora em decorrência do tempo, das atividades realizadas (atividades de vida diária, esportes) ou das ações de tratamento (medicamentos, cirurgia, reabilitação, repouso)
As medidas de avaliação multidimensional abordam questionários e prontuários de percepção da dor e representam avaliações mais complexas do paciente.
É de fundamental importância a quantificação da dor tanto para seu próprio acompanhamento, quanto para informar com precisão ao médico ou profissional da área da saúde a evolução do quadro mediante os tratamentos propostos.
Se a dor estiver rondando a sua vida, dê uma nota para ela e procure um especialista. Bons treinos!